Embora o conclave deva reunir-se somente nos próximos dias para eleger o sucessor do papa Francisco, alguns possíveis nomes se destacam:
Tolentino Mendonça (59), português, nomeado por Francisco chefe dos Arquivos Secretos do Vaticano, é considerado uma figura emergente na Igreja, com uma estreita proximidade ao anterior papa. É teólogo, poeta, amante da literatura e autor de diversos livros de vários temas.
Pietro Parolin (70), italiano, o atual número dois da Santa Sé, tem uma grande experiência diplomática, nomeadamente em relação ao Médio Oriente e Ásia.
Malcolm Ranjith (77), arcebispo de Colombo, Sri Lanka, é considerado reformista, defende os pobres, mas é contra o socialismo. Defende a pena de morte para certos casos.
Luis Antonio Tagle (67), cardeal filipino, é visto como um liberal, próximo a Francisco. É muito carismático e próximo às pessoas. É defensor das casas climáticas.
Jean-Marc Aveline (66), francês, arcebispo de Marselha, conhecido pelo seu apoio aos direitos dos refugiados.
Matteo Zuppi (69), conhecido como o “padre da rua”, é um progressista em temas sociais e morais. Advoga pelo pluralismo religioso. Foi nomeado arcebispo por Francisco.
Robert Sarah (79), guineense, figura da ala tradicionalista, próximo a Bento XVI e crítico com Francisco. Opõe-se à abolição do celibato sacerdotal e à bênção a casais do mesmo sexo
Pierbattista Pizzaballa (59), italiano, patriarca latino de Jerusalém. Advoga pela justiça social, direitos e deveres.
Jean-Marc Aveline (66), francês, tido como liberal, advoga por uma descentralização da Igreja.
Willem Eijk (71), holandês, ortodoxo, opõe-se à despenalização do aborto, a eutanásia, a fertilização artificial, o divórcio e a homossexualidade.
Péter Erdő (72), húngaro, reconhece o direito a emigrar, mas alerta para os perigos da migrações decontroladas. Apoia o estreitamento com a Igreja ortodoxa e o diálogo com religiões não cristãs.
Angelo Bagnasco (82), considerado tradicionalista, defende a missa tradicional latina. É contra o fim do celibato e a ordenação de mulheres e apela ao fim do encobrimento de abusos sexuais na Igreja.

Anders Arborelius (75), é suíço de pais suecos. Ambientalista, defende a perseguição daquilo que chama de “ecocídio” do planeta. Relativamente à imigração, tem uma postura igual à de Francisco. Tem defendido a celebração da missa tradicional em latim.
Charles Maung Bo (76), arcebispo de Yangon, Mianmar. Defende a justiça e paz, mas esquiva-se de abordar questões polémicos. Ainda assim, é tido como um conservador e de não ser a favor de ordenar mulheres, nem acabar com o celibato ou dar a bênção a homossexuais. https://geopol.pt/ jornalsantnoticia julio gilberto