Caso Erika Hilton: Embaixada dos EUA diz que só reconhece “dois sexos imutáveis”

photo Mario Agra/Câmara dos Deputados
A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) teve um visto diplomático concedido pelos Estados Unidos no qual a identidade de gênero dela foi alterada para “masculino”. 
Após o episódio, a Embaixada dos EUA alegou que a política do consulado só reconhece “dois sexos imutáveis desde o nascimento”. 
A embaixada segue as políticas do governo de Donald Trump, presidente dos EUA, que estabelece que formulários governamentais ofereçam somente duas opções de gênero. 
Ao Correio, a embaixada dos Estados Unidos informa que “os registros de visto são confidenciais conforme a lei americana e, por política, não comentamos casos individuais. 
Ressaltamos também que, de acordo com a Ordem Executiva 14168, é política dos EUA reconhecer dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento.”

Erika havia sido convidada como palestrante em um evento na Universidade de Harvard e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. 

Nas redes sociais, a deputada comentou sobre a circunstância: 

“Uma situação de violência, de desrespeito, de abuso, inclusive, do poder porque viola um documento brasileiro, que é nosso. 

É uma expressão escancarada, perversa, cruel, do que é a transfobia de Estado praticada pelo governo americano”.

Ao solicitar o visto, os documentos apresentados de Erika a definiam como do gênero feminino, bem como um visto emitido anteriormente pela mesma embaixada. 

Erika ainda declarou que “se a embaixada dos EUA tem algo a falar sobre mim, que falem baixo, dentro do prédio deles. 

Cercado, de todos os lados, pelo nosso Estado Democrático de Direito”. 

A deputada acionará a Organização das Nações Unidas (ONU) por considerar o caso transfobia e um desrespeito aos registros civis brasileiros.

“Não me surpreende também o nível do ódio e a fixação dessa gente com pessoas trans.

 Afinal, os documentos que apresentei são retificados, e sou registrada como mulher inclusive na certidão de nascimento”, disse Erika, que ressaltou ainda que a embaixada ignora documentos oficiais de outras nações soberanas e de uma representante diplomática. 

Correio Braziliense

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